Artigo produzido por Dandara Sbors
O sistema é “F????”.
O sistema educacional utilizado no Brasil para possibilitar
que o estudante ingresse no ensino superior é comumente chamado de vestibular.
Esse sistema consiste normalmente em uma prova aplicada por fiscais cujos
assuntos abordados são, sobretudo, as matérias escolares, como matemática,
língua portuguesa, história geral e do Brasil, assim como geografia, biologia, etc.;
atualidades e assuntos gerais, tais como meio ambiente, tecnologia, sistema
burocrático brasileiro, entre outros.
No nosso país, conhecemos duas realidades para escolas de
ensino básico: escolas públicas, cujo ensino é considerado depravado, fraco e
barato e as escolas privadas, nas quais o sistema educacional é visto como bom,
porém muito cara para quem deseja manter seus filhos na instituição.
No entanto, quando o estudante termina o curso do ensino
médio, independente se este foi cursada numa instituição pública ou privada,
ele é submetido igualmente à prova de vestibular, na qual aquele que desempenha
alcançar, ou seja, aquele que acertar mais questões será selecionado para
ingressar na faculdade.
Porém o sistema brasileiro de educação superior é o completo
oposto do sistema de educação básica. As faculdades públicas são as mais
procuradas e concorridas, devido aos ótimos professores, à forma de ensino e ao
bom preço oferecido pelo governo. Já as universidades particulares se aproximam
muito do sistema privado de educação básica, possuem bons professores, mas os
preços são absurdamente caros e o ensino ainda deixa a desejar se comparado com
as faculdades públicas.
Diante dessa injustiça –
de que o estudante de escola básica pública se obriga a ingressar em uma
faculdade particular, pois o nível de conhecimento que lhe foi proporcionado é
insuficiente para concorrer a uma vaga em uma instituição pública de ensino superior.
Ainda há as soluções propostas pelo governo, como é o caso das cotas. As cotas
são vagas reservadas pelo governo para estudantes de diferentes etnias, na
maioria das vezes, negros e indígenas. Qual é a justiça dessa proposta?
Não há justiça! Pois o fato de existirem vagas específicas
tira o privilégio daqueles que se dedicam profundamente para conseguir
ingressar em uma faculdade cuja concorrência é enorme. E, quero saber, qual é a
lei que impede negros e índios de se dedicarem e estudarem com o propósito de
alcançar uma vaga justa, sem a necessidade de usar o sistema de cotas? Essas
leis não existem. Todo ser humano, seja qual for seu sexo ou raça, tem direito
a educação, desde que esta seja justa para com aqueles que buscam um futuro
melhor através dos livros. Então me pergunto: seriam as cotas uma ação positiva
para combater o racismo ou seriam promulgadoras de tal preconceito impedindo a
igualdade entre os vestibulandos?
A partir do momento em que o ser humano não possui dinheiro
para ingressar em uma faculdade privada, nem educação suficiente para entrar em
uma faculdade pública, ele entra em uma situação de comodismo, pois trabalhar
apenas, ganhando uma renda mensal traz 0o que o ser humano realmente quer:
dinheiro e tempo livre. Tendo isso, por que se dar ao trabalho de perdê-los
como uma faculdade? Afinal, curso superior requer esforço e força de vontade.
Consequentemente, nos vemos na situação em que o Brasil se encontra atualmente:
com pouquíssimos cidadãos formados; um país onde a educação não é valorizada,
onde professores, que são os formadores de opiniões, que ensinam e desenvolvem
a mente dos estudantes, cidadãos do futuro, não recebem, muitas vezes, o que um
torneiro de fábrica recebe no fim do mês. Não desvalorizando a profissão de torneiro,
mas sim valorizando o profissional da área da educação.
Portanto, o sistema educacional brasileiro tem muito a ser
melhorado. Iniciando na educação pública, que deveria ser a de melhor qualidade
desde o ensino básico e não somente ao chegar ao ensino superior. O sistema de
cotas não custaria a ser extinto e os professores receberiam salários mais
altos. E sigo afirmando: o Brasil não está no fundo do poço por não ter
dinheiro, mas sim por não investir naquilo que move uma nação: o sistema
educacional. O Brasil deveria também oferecer mais formas de incentivo, por
exemplo, os cidadãos poderiam ter acesso a bibliotecas e projetos que
incentivassem a leitura e o estudo. Tornando assim possível que o cidadão goste
de aprender e de estudar, o que faz com que o ensino e o aprendizado sejam mais
prazerosos. Encerro afirmando que ninguém mudará o país sozinho, mas muitas
pessoas juntas, em prol da educação, podem fazer a diferença.
Dandara Sbors.
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